Adolescente que foi vítima de agressão homofóbica em uma escola pública de Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul, confessa ter pensado em suicídio. O garoto escreveu um email de socorro a ABLGT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) e só assim conseguiu que alguém desse atenção às constantes agressões sofridas, até então, deliberadamente, ignoradas pelos professores e diretores da escola.
“Quando eu comecei a escrever, era uma carta de suicídio. Eu não aguentava mais aquilo. Só depois percebi que podia pedir ajuda para outras pessoas. Foi então que eu mandei para a associação. Ainda tenho medo de sair na rua e sofrer retaliação”, diz o estudante. Ele já trocou de escola, mas o receio de homofobia permanece. “Fui para um colégio particular. Não sei como as pessoas vão reagir porque quase ninguém sabe que sou gay.”
A entidade informa que lançará uma campanha contra o bullying escolar e recomenda os estudantes que registrem um boletim de ocôrrência em caso de agressão, liguem gratuitamente para o Disque 100, e ainda enviem a denúncia para presidencia@abglt.org.br, para que eles possam acompanhar os casos.
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