segunda-feira, 24 de outubro de 2011

SÓ BOYS

SÓ BOYS - ALL BOYS (21+)
Diretor : Markku Heikkinen
Finlândia, 2009 | 72 minutos

O filme é centrado na história de um americano, Dan Komar, que se muda para Praga a fim de ganhar dinheiro com crescente indústria pornográfica, mostra a sua relação com os demais meninos com vive e trabalha. Alguns de seus atores são héteros atraídos ao trabalho por causa dos benefícios financeiros. Alguns, como Ruda, são produtos de um passado conturbado. Ruda está cansado da vida com seus 22 anos, lutando contra drogas e álcool e batalhando para sobreviver.

Pornography has always been a hot button issue. Some speak out against it, while others champion porn’s pro sex consciousness. Gay male pornography has never been as polarizing as its straight counter-part, perhaps due to the absence of an overt power struggle between the sexes. But All Boys explores some questionable elements of gay porn during its boom in Eastern Europe after the fall of the Berlin Wall.

The film focuses on an American, Dan Komar, who moved to Prague to cash in on this growing industry, and examines the lives of several boys who live with him and work for him. Some of his actors are straight and attracted to the work because of the financial benefits. Some, like Ruda, are products of a troubled past. Ruda is world-weary for his 22-years, battling drugs and alcohol and turning tricks to survive — he’s a long way from the fresh-faced boys of Bel Ami (a casting director says that once the boys turn 20, they are considered over the hill by the industry.)

For a time, Ruda was not only Komar’s employee but also his lover; Ruda reflects on his meager earnings, clear about his place in the power structure. Although it is easy to peg Komar as an exploiter of young boys, the film portrays his humanity and loneliness — especially as he describes his failed relationship with Ruda.

Poignant without being didactic, All Boys is a probing look at the pitfalls and politics of gay porn.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Revista TRIP apoia a causa gay. Comprem!

VAMOS FALAR DE SEXO
Fonte: Revista TRIP

“Sim, há uma diferença” dizia antigamente um adesivo que reproduzia as figuras de um menino e de uma menina. Cada um olhava para dentro do próprio short, depois de uma espiada no interior do shortinho do outro. Ambos tinham no rosto uma expressão de espanto. A tal imagem, que habitava para-brisas de carros, álbuns de figurinhas e peitos de camisetas por toda a parte, não só revelava a ingenuidade que de alguma forma reinava, contrastando com a dureza dos anos 70, mas talvez também resumisse a ignorância e o raciocínio simplista vigentes até hoje quando se trata de sexualidade.
Não há “uma diferença”. São centenas, milhares, infinitas talvez. E ainda interpretando o que diz aquela aparentemente inexpressiva ilustração, a genitalização excessiva da sexualidade é algo tão tosco e reducionista quanto imaginar que a genialidade de um astro do futebol esteja depositada apenas na ponta dos seus pés.

A intenção desta edição da Trip é retomar um dos temas mais antigos e ao mesmo tempo mais urgentes e necessários, o enorme espectro de orientações, desejos, fantasias, hábitos e comportamentos que condensamos na expressão “diversidade sexual”. Nosso desconhecimento, nossas travas e a amplitude do potencial inexplorado são igualmente oceânicos, como se verá ao longo destas páginas. A sexualidade dos brasileiros, sempre tão falsamente lida como liberada e resolvida, é de fato estreita, reprimida e confusa. E não é muito diferente em quase todo o resto do mundo.
Vejamos o outro lado agora. Se nossa ignorância abissal gera preconceito, violência e sofrimento inadmissíveis (veja na matéria da pág. 76 nossa opinião sobre a urgência da criminalização da homofobia no Brasil), é também na visão otimista que fazemos questão de manter em tela, da mesma grandeza do que poderá acontecer em termos de evolução social, amorosa e sensual, quando conseguirmos nos livrar minimamente dessa ignorância, entendendo um pouco mais e melhor como funcionam nosso corpo, nossos sentimentos e nossa alma.
Essa é a nossa intenção legítima, ao produzir uma edição inteiramente dedicada a explorar de forma aberta e ampla a noção de diversidade sexual. Porque entendemos que isso será fundamental, se quisermos iluminar um pouco mais aquela que talvez seja a maior transição pela qual o mundo já passou.

Paulo Lima, editor

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Hitler, o homofóbico que, na verdade, não aceitava sua homossexualidade.


Experiências  nazistas, castravam gays nos campos de concentração.
Fonte: http://operamundi.uol.com.br

Em 1º de outubro de 1944, a primeira de duas séries de experiências médicas envolvendo castração são levadas a cabo em homossexuais no campo de concentração de Buchenwald, perto da cidade de Weimar, Alemanha. Buchenwald foi um dos primeiros campos de concentração instalados pelo regime nazista. Construído em 1937, foi um complemento aos campos do norte, Sachsenhausen, e sul, Dachau, e foi erguido para nele se utilizar o trabalho escravo nas fábricas de munição locais, 24 horas por dia em turnos de 12 horas.

Embora tecnicamente não fosse um campo de extermínio, pois lá não havia câmaras de gás, não obstante eram comuns centenas de prisioneiros morrerem por desnutrição, doenças, maus tratos e execuções. Na verdade era uma câmara de horrores, onde experiências médicas dos tipos mais cruéis eram realizadas com prisioneiros contra sua vontade. As vítimas eram amiúde e intencionalmente injetadas com diversas infecções a fim de se testar vacinas.

A eutanásia era também praticada regularmente contra prisioneiros judeus, homossexuais, ciganos e doentes mentais. Durante o holocausto, a perseguição aos homossexuais continuou. Muitos foram enviados para campos de concentração, obrigados a portar o triângulo rosa como identificação. As estimativas sobre o número de homossexuais mortos nos campos varia muito, entre 5 e 15 mil. Os números mais elevados incluem gays que eram judeus e/ou comunistas. Hitler acreditava que a homossexualidade era um comportamento degenerativo que ameaçava a capacidade do Estado e o caráter masculino da nação.

Os gays eram denunciados como "inimigos do Estado" e acusados de "corromper" a moral pública e ameaçar o crescimento populacional alemão. Líderes nazis, como Himmler, consideravam também que os homossexuais eram uma raça à parte e promoveram experiências médicas em que tentavam encontrar alguma deficiência hereditária que julgavam ser a causa da homossexualidade.

Muitos morreram nas mãos de médicos em experiências destinadas a localizar o "gene gay" de forma a encontrar "cura" para as futuras crianças arianas homossexuais. Enquanto muitos defendiam que os homossexuais deviam ser exterminados, outros pretendiam que a legislação banisse sexo entre homens ou entre mulheres.

Os tratamentos aos gays nos campos de concentração eram excessivamente cruéis. Além de serem agredidos por guardas, eram perseguidos muitas vezes também por outros prisioneiros. Sob a política do Arbeit macht frei (O trabalho faz a liberdade) nos campos de trabalhos forçados, recebiam regularmente os trabalhos mais pesados ou perigosos. Os soldados da SS utilizavam muitas vezes o triângulo rosa como alvo para prática de tiro. Esse tratamento cruel pode ser atribuído tanto às opiniões dos guardas da SS como às atitudes homofóbicas generalizadas na sociedade alemã da época.

A marginalização dos gays na Alemanha refletia-se nos campos de concentração. Muitos foram espancados até a morte por outros prisioneiros. Seu sofrimento não terminou com o fim da guerra, uma vez que as leis anti-homossexuais dos nazis não foram revogadas, como aconteceu com as leis anti-semitas. Alguns homossexuais foram obrigados a completar a pena a que estavam condenados pelo Governo Militar Aliado do pós-guerra na Alemanha.

Outros, ao regressar a casa e aos seus países de origem tiveram que manter o silêncio sobre o seu sofrimento, por medo de discriminação, pois as chamadas leis sobre a sodomia só seriam extintas na Europa Ocidental nos anos 1960 e 1970.



Identificados como “triângulos-rosa”, milhares de homossexuais foram enviadas para campos de concentração pelo regime de Hitler.  Rudolf Brazda é o último sobrevivente gay de Buchenwald. Hoje com 97 anos, ele nos traz um relato ímpar, sustentado por um rigoroso trabalho de pesquisa histórica.

Em 2008, aos 95 anos, Rudolf Brazda decidiu sair do anonimato. Após a inauguração de um monumento às vítimas homossexuais do nazismo em Berlim, na Alemanha, ele pôs fim a longos anos de silêncio.

Surgia, então, aos olhos do mundo, o último sobrevivente conhecido dos quase dez mil homossexuais que estiveram nos campos de concentração nazista. Identificados como “triângulos-rosa”, milhares de gays foram caçados pelo regime de Hitler, embora até pouco tempo se negasse essa perseguição sistemática. Com a matrícula 7952, Rudolf ficou preso em Buchenwald de 1942 a 1945. No livro Triângulo rosa – Um homossexual no campo de concentração nazista (184 p., R$ 48,90), lançamento da Mescla Editorial, Jean-Luc Schwab, pesquisador e militante dos direitos dos homossexuais, conta em detalhe essa história. Sustentado por um rigoroso trabalho de pesquisa, ele reconstrói a vida de Rudolf, que se abre num depoimento marcado pela dor e pela esperança de quem sobreviveu aos horrores do nazismo.

A vida de Rudolf seguia seu curso agitada ao sabor dos imprevistos históricos e políticos de uma Europa em plena transformação. Nascido de pais tchecos no vilarejo de Brossen, perto Leipzig, na Alemanha, tinha apenas 20 anos quando os nazistas tomaram o poder. Definida a sua orientação sexual, ele viveu tranquilo nos primeiros anos de 1930. Em 1935, no entanto, o novo regime endureceu a lesgislação contra os homossexuais, reforçando os termos do parágrafo 175 do código penal. Começava, assim, o cadastramento de gays na Central do Reich. O objetivo: reprimir a homossexualidade. De acordo com as estimativas da época, em torno de cem mil pessoas foram fichadas, entre elas Rudolf e seus amigos.

Com a ascensão do nazismo, o período de relativa tolerância para com os homossexuais chegou ao fim. As investigações se multiplicavam para encontrar conhecidos ou presumidos. Rapidamente chegaram a Rudolf, que foi preso em 1937 sob a acusação de “luxúria antinatural”. Depois de seis meses de detenção, acabou expulso do território alemão e decidiu ir para a Tchecoslováquia – que, do ponto de vista do direito, ainda era a sua pátria.


Em Karlsbad, Rudolf esperava retomar a vida. Porém, em 1938, o regime de Hitler atravessou o seu caminho mais uma vez. Com a anexação da província dos Sudetos – onde fica Karlsbad -pelos nazistas, as leis alemãs passaram a ser aplicadas com rigor. Em pouco tempo, Rudolf foi preso novamente e condenado a 14 meses de prisão.

A pena foi cumprida integralmente, mas Rudolf não chegou a ser libertado. No auge do regime de Hitler, os campos de concentração se propagaram para abrigar prisioneiros de guerra, comunistas, social-democratas, judeus, testemunhas de jeová, ciganos e… homossexuais. Em 8 de agosto de 1942, ele foi mandado para Buchenwald. Durante três anos, num lento processo de desumanização, viveu e presenciou todo tipo de atrocidade. Certa vez, escondido sob o telhado, deitado de bruços sob o forro, ele e Fernand, um companheiro de prisão, presenciaram a execução de soldados soviéticos. “Acabamos nos habituando à ideia de morrer a qualquer instante. Não tínhamos medo de morrer e, se fôssemos pegos, poderia ter sido fatal. Ver gente morrendo nos deixava quase indiferentes, pois isso era constante no cotidiano. Hoje, choro toda vez que me lembro desses instantes terríveis, mas na época eu endureci para sobreviver… como os outros”.

A história de Rudolf Brazda é única sob vários aspectos. Além de constituir a face de uma verdade pouco documentada – a deportação por homossexualidade -, conta a vida de um grande otimista, cujo otimismo permaneceu intacto. “Suas várias gargalhadas e seu entusiasmo indefectível não podem ser separados de sua surpreendente longevidade. Uma distância e tanto das agruras do passado”, afirma o biógrafo Jean-Luc Schwab.

Para recompor a trajetória de Rudolf da maneira o mais exata possível, Schwab recorreu a várias centenas de horas de entrevistas com diferentes fontes. Também buscou auxílio nos documentos de época ainda sob a posse de Rudolf, no testemunho de pessoas que conviveram com ele ou com seus conhecidos e nas numerosas pesquisas pessoais em arquivos alemães, tchecos e franceses. A esse material, ele acrescentou diversas viagens aos antigos lugares ligados à vida e ao confinamento do biografado, entre as quais duas em companhia dele, em março e novembro de 2009.

“Trajetória atípica a de Rudolf, iniciada na Alemanha, passando pela Tchecoslováquia, depois pelo campo de concentração de Buchenwald, para enfim terminar na França. Em seu caminho, encontros com pessoas cuja vida mal se conhece, mas não menos marcantes. Para muitos, o percurso de Rudolf resultou da repressão de sua sexualidade pelos nazistas. Mas isso não o impediu de ter vida plena, com vários amigos e camaradas”, comenta Schwab. Alguns anos depois da libertação, em 1950, ele conheceu Edi, seu companheiro por quase meio século, que morreu em 2003, aos 73 anos. Rudolf, fiel até o fim, estava ao lado dele.
Quando lhe perguntam como vê a vida, do alto dos seus 97 anos, Rudolf declara com prazer: “Atingi uma idade avançada e vivi mais tempo do que meus irmãos e irmãs, assim como mais do que meus amigos e companheiros de deportação.


Passei quase 50 anos com meu querido Edi e hoje ainda consigo sempre satisfazer as minhas vontades sozinhos: faço a comida, as compras, lavo a roupa e arrumo a casa. Se Deus existe, ele foi particularmente bom comigo, porque tive uma vida feliz e plena. E, se eu tivesse de refazer tudo, não mudaria nada, nem mesmo Buchenwald”.

Autores

Rudolf Brazda, nascido na Alemanha em 1913 de pais tchecos, foi condenado duas vezes pelo regime nazista por ser homossexual e depois deportado para Buchenwald. Ele ficou preso no campo durante 32 meses, até sua libertação, ocorrida em 11 de abril de 1945, e fixou residência na França.

Jean-Luc Schwab, quando entrou em 2008 para uma associação dedicada ao reconhecimento da deportação de homossexuais, nem imaginava que o último sobrevivente dessas deportações mora bem perto dele, na região de Mulhouse (França). Assumindo o papel de confidente de Rudolf Brazda, ele tomou seu depoimento e o complementou com profunda pesquisa histórica.

Título: Triângulo rosa – Um homossexual no campo de concentração nazista
Autores: Jean-Luc Schwab e Rudolf Brazda
Tradução: Angela Cristina Salgueiro Marques
Editora: Mescla Editorial

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Promotor ironiza gays em documento.















Fonte: www.uol.com.br
Após afirmar que ladrão tem de ir pro inferno, Zagallo diz que homossexuais são abertos a experiências ardentes

Denúncia foi feita em processo de homicídio; procurado, promotor não quis se pronunciar

AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

Após escrever em uma denúncia que um policial civil deveria melhorar sua mira e mandar um ladrão para o inferno, o promotor Rogério Leão Zagallo, do 5º Tribunal do Júri de São Paulo, cunhou novas expressões polêmicas.
Agora, a denúncia de homicídio envolve dois homossexuais. O réu é o segurança Fábio Luiz dos Santos, 29. A vítima, o agente de modelos Jefferson Garbeline, 34, o Jeff.
Conforme o documento assinado por Zagallo, os dois se conheceram em uma boate frequentada por pessoas "modernas e abertas a novas experiências, sobretudo aquelas ardentes e capazes de ruborizar aos mais indiferentes moais da Ilha de Páscoa".
A denúncia, aceita pela Justiça, foi feita em abril deste ano e o crime ocorreu em março do ano passado.
O promotor escreveu ainda que Jeff era um "homossexual cheio de entusiasmo, de ardor e de vivacidade" e que levou o segurança para sua casa porque queria ser "penetrado" por ele.

ABICHORNAR
Segundo as investigações, o motivo do crime foi que o segurança não conseguiu ter ereção para transar com a vítima. Na interpretação de Zagallo, o segurança decepcionou a vítima que "queria, a todo custo, praticar a sodomia com seu algoz".
"Irresignado com a malsucedida iniciativa do penetrante denunciado, Jeff não se abichornou [acovardou] e, assumindo uma postura viril, começou a cobrar-lhe empenho para a reversão da derrocada", escreveu Zagallo.
Santos confessou o crime, mas alegou que agiu em legítima defesa porque fora atacado com uma faca.

DIRETO
Para Beto de Jesus, diretor da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), o promotor poderia ser direto em seus argumentos sem desrespeitar os dois envolvidos no crime.
"Essa atitude me causa escárnio. Se ele quiser fazer deleite para si mesmo, que escreva um livro, não faça isso em um documento judicial."
Para o diretor, o promotor zombou dos homossexuais e de sua prática sexual.
A coordenadora do Centro de Referência da Diversidade, Irina Bacci, afirma que para avaliar o posicionamento do promotor Zagallo, seria necessário analisar todo o processo judicial do qual essa denúncia faz parte.
"Ele pode ter querido criar uma licença poética ou ter agido de uma forma estúpida colocando cinismo e sarcasmo em seu texto só porque os dois envolvidos no crime eram homossexuais", disse.

OUTRO LADO
Procurado anteontem, Zagallo não quis se manifestar. A assessoria de imprensa do Ministério Público informou que o promotor já está sendo investigado pela Corregedoria da instituição.
A investigação começou na semana retrasada, depois de a Folha revelar que o promotor sugeriu para um policial melhorar sua mira para mandar bandido para o inferno. Nesse caso, o policial foi assaltado por dois homens armados e, ao reagir a disparos, matou um dos ladrões.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

São Paulo - O Ator Magnon Bandarz em Cartaz!

O grande ator, Magnon Bandarz, está em cartaz, todas as sextas feiras, com o espetáculo "Laboratório Sexual".



Não percam:
Sextas às 21:30
Teatro Plínio Marcos
Rua Clélia, 33 (piso intermediário)
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