História

Nos primórdios da humanidade, a homossexualidade foi retratada em cerâmica, pinturas e esculturas em civilizações como da Mesopotâmia, Egito, Índia, Grécia, Roma e América. O primeiro registro de um casal homossexual na história é o de Khnumhotep e Niankhkhnum, um casal egípcio do sexo masculino, que viveu por volta de 2 400 a.c. O par é retratado durante um beijo, a mais íntima pose na arte egípcia, rodeado pelo que parecem ser os seus herdeiros. Historicamente, grandes nomes como Sócrates, Lord Byron, Eduardo II, e Adriano mantinham relações homoafetivas dentro de uma normalidade da época.

Alguns estudiosos afirmam que existem exemplos de amor homossexual na literatura antiga, como na Epopeia de Gilgamesh da Mesopotâmia, bem como na história bíblica de Davi e Jonas. Na Epopeia de Gilgamesh, a relação entre o protagonista Gilgamesh e o personagem Enkidu, foi vista como homossexual em sua natureza. Do mesmo modo, o amor de Davi por Jonas é "maior do que o amor das mulheres."

Já em "O Banquete", Platão equivale a aceitação da homossexualidade com a democracia, e sua supressão com o despotismo, dizendo que a homossexualidade "é vergonhosa para os bárbaros por causa de seus governos despóticos, assim como a filosofia e o atletismo o são, uma vez que aparentemente não é o melhor interesse dos governantes como de ter grandes ideias amizades engendradas em seus súditos, ou poderosos sindicatos ou física, em que o amor é particularmente adequado para produzir."

Com o avanço dos interesses religiosos do judaísmo, do cristianismo e do islamismo, com intenções políticas, econômicas na conquista de terras, domínio de cidades e cobrança de impostos mais altos de povos subjugados, a homossexualidade começa a ser desvinculada da afetividade e a ser doutrinada como um ato herege, pecaminoso. Já na Idade Média, a cidade de Florença proibiu a homossexualidade e criou um grupo chamado de Ufficiali di Notte para perseguir homossexuais condenando-os a morte.

Portugal, em 1533 (já na idade moderna), por influência da inquisição católica, adotou as mesmas leis condenatórias da homossexualidade no Brasil, o que perdurou até 1830. Uma infinidade de homens foram condenados à forca.

Em 1897, o fundador da 1ª organização dos direitos homossexuais, o médico Magnus Hirschfeld defende a idéia do 3º sexo, em que a homossexualidade não é uma patologia, e sim uma variação natural do instinto sexual.

Em 1952, no 1º Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) da Associação Americana de Psiquiatria, a homossexualidade foi incluída como uma desordem. Quase imediatamente, no entanto, que a classificação começou a ser submetida ao escrutínio crítico em matéria de pesquisa financiado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental. Esse estudo e a pesquisa subsequente falharam em conseguir apresentar qualquer base empírica ou científica para considerar a homossexualidade como um distúrbio ou anormalidade, ao invés de uma orientação sexual normal e saudável.
Como resultado dessa pesquisa acumulada, os profissionais em medicina, saúde mental e em ciências comportamentais e sociais chegaram à conclusão de que era incorreto classificar a homossexualidade como uma desordem mental e que a classificação DSM refletia pressupostos não testados com base em normas sociais prevalentes e impressões clínicas a partir de amostras representativas compostas por pacientes que procuram tratamento e por indivíduos cujo comportamento trouxe para o sistema de justiça criminal.

Em reconhecimento da evidência científica, a Associação Americana de Psiquiatria retirou a homossexualidade do DSM em 1973, afirmando que "a homossexualidade em si não implica qualquer prejuízo no julgamento, estabilidade, confiabilidade ou capacidades gerais sociais e vocacionais." Depois de uma profunda revisão de dados científicos, a Associação Americana de Psicologia adotou a mesma posição em 1975, e exortou todos os profissionais de saúde mental "para assumir a liderança em eliminar o estigma de doença mental que há muito tem sido associado com orientações homossexuais." A Associação Nacional dos Trabalhadores Sociais adotou uma política similar.

A Organização Mundial da Saúde, desde 1990, não considera a homossexualidade uma doença mental, distúrbio ou perversão.
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